quinta-feira, 15 de outubro de 2020

CRÔNICAS: DA SÉRIE “MULHERES FORTES”: MARIA TEREZA DE MONTE SIÃO! - revista STATTO

 

Nascida em 17 de outubro de 1917 – Monte Sião, Minas Gerais, Brasil.

Faleceu em 14 de junho de 1997 – Santo André, São Paulo, Brasil.

Cônjuge: João Antônio Alves (1914-1997)

Irmãos: Euripes Oliveira, Maria Josefina, Maria Zenaide (todos in memoriam).

Pais: Firmino de Oliveira Franco e Palmira Fabri (ambos in memoriam).

Maria Tereza Oliveira Alves, não tinha o porte atlético e robusto muitas vezes atribuído às mulheres aparentemente fortes. Pelo contrário, seu físico a primeira vista poderia aparentar de uma mulher bem frágil, magrinha e “pequenina”.  Mas, esse ar frágil guardava uma força muitas vezes não encontrada em muitas pessoas que enfrentam desafios bem menores.

Órfã de pai e mãe desde muito cedo, trabalhou como babá e doméstica em casas de família de conhecidos, que a princípio tinham ficado com sua guarda para dela cuidar, na cidade de Monte Sião, interior do estado de Minas Gerais.

Casou-se por volta dos 20 anos com João Antônio Alves, com quem teve nove filhos. As mulheres: Maria Eurides (Nina), Eunice (Nice), Luzia Aparecida e Valenita e os rapazes: Jesuíno, José e Benedito (gêmeos), João Luís e Roberto Tadeu (não necessariamente nessa ordem).

Mudou-se de cidade com os filhos mais velhos e o marido, em primeiro lugar mudou-se para Colômbia, Barretos e região, e lá teve os filhos mais novos. Onde viveram por um bom tempo. O casal e os filhos sempre trabalhando, os filhos menores crescendo, estudando e aprendendo um ofício.

O marido e os filhos maiores trabalharam em diversos ofícios. Quem nunca ouviu do sr João, alguma história sobre o Curtume, o caminhão (que ele também dirigiu), nomes como João Gotardelo, Mario Zucato e etc? Uma mistura de Monte Sião e Barretos.

Já na cidade de Santo André, dona Maria Tereza, sempre ajudou cuidando de crianças, netos, lavando e passando. Uma rotina pesada, mesmo não sendo mais tão jovem. E sempre com uma força, fé, em meio a lembranças e sofrimentos passados de infância, mesmo assim mostrava muita força.

Sempre disposta a ajudar e visitar a família, aliás, gostava muito de viajar! Ao contrário de algumas pessoas que ao chegarem numa certa idade já não tem vigor para sair tanto.

Algumas vezes contrariando o marido meio bravo, dona Maria Tereza fazia a “malinha” e ia passar uns dias na casa das filhas, parentes. Seja onde fosse sempre querendo ajudar e fazer algo útil. A saúde não era de ferro, mas tinha alguma coisa muito forte que a mantinha de pé.

Ela não era extremamente otimista não, tinha lá seus receios e dúvidas e sempre questionava se estava tudo bem. Mas mesmo assim ela ia, continuava a se movimentar! Católica devota, sempre com seu terço na mão e fazendo suas rezas, ela não perdia uma missa do Galo no Ano Novo! E aos domingos sempre acompanhava uma missa na paróquia perto de casa no bairro de Utinga em Santo André. Muito saudosista, contava muitas de suas lembranças sobre Monte Sião, sobre pessoas que já haviam partido e sempre que possível voltada a visitar a cidade.

Mostrava árvores imensas de eucaliptos que ela e o marido haviam plantado muitos anos antes. Mostravam onde ficavam as casas e locais de trabalho que havia estado quando ali residiram.

Era uma avó muito presente, sempre cuidando, ajudando, estando disponível até para brincadeiras que as crianças faziam com seus cabelos lisos, ralinhos e loiros.

Aquela pequenina deixou muitas saudades…

Muitos bisnetos e tataranetos que não a conheceram pessoalmente, mas apenas por fotos e conversas que ouviram, sem dúvida iriam amar tê-la conhecido. Com aquele sotaque característico de Minas Gerais.

Das lembranças que eu particularmente mais tenho saudades, é de tomar sua sopa de macarrão com batatas e coloral, degustar o doce de banana que a gente pegava à vontade naquela geladeira amarela, e de abraça-la mesmo que ela sentisse vergonha do abraço!

E agora no mês de outubro, ela estaria fazendo aniversário (dia 17/10/17). Curiosamente, o mês de outubro é também o mês em que o seu esposo, nosso vô João faleceu (dia 15/10/97).

Para os parentes de Monte Sião, ela era a tia Bilia. Para algumas noras, era a dona Tereza. Para muitos era a Maria do João, mas para os netos…  Ela será sempre, nossa eterna vó Maria!

Sobre Monte Sião – A capital nacional do Tricô!

Monte Sião é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na microrregião de Poços de Caldas. Sua população estimada em 2010 era de 21.203 habitantes. A área é de 291,0 km² e a densidade demográfica, de 73,06 hab/km².

Monte Sião é a cidade conhecida como a Capital Nacional do Tricô devido à confecção de tricô. Hoje ela pode ser considerada uma referência em moda em tricô, produzindo e distribuindo seus produtos para diversos pontos do país. Durante o inverno, quando a cidade atrai milhares de turistas do país para compra de vestuários, há vários eventos: Festival de Inverno, Fenat, Encontro de Fuscas, Trilha das Malhas e entre outros. Por ficar situada no sul do estado de Minas Gerais, fica à apenas 160 km da cidade de São Paulo, de onde recebe a maior parte dos turistas.

Outro fato que torna a cidade de Monte Sião conhecida é a fabricação de porcelanas nas cores azul e branca – única no Brasil!

Os municípios que fazem divisa são: em Minas Gerais: Jacutinga a norte, Ouro Fino a nordeste e Bueno Brandão a leste e sudeste; e, no estado de São Paulo, Socorro e Águas de Lindóia a sul e Itapira a sudoeste.

Extraído: https://revistastatto.com.br/famosos/click/cronicas-da-serie-mulheres-fortes-maria-tereza-de-monte-siao/




























*ANÚNCIO DO BLOG: Mercado TRADER e Opções BINÁRIAS:     https://app.monetizze.com.br/r/AVV8667776

Nenhum comentário: