Por Daniela Duarte
Empresária há mais de 20 anos no Brasil, administradora e advogada, com especialização em gestão comercial e MBA em gestão empresarial. Contou-nos um pouco sobre sua interessante trajetória de vida e sua visão sobre a atual economia do país e possíveis impactos causados pela pandemia do CORONAVÍRUS.
Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional:
Ingressei muito cedo no trabalho, queria aprender e estudar. Como minha escola era perto do escritório do meu pai, saia da escola para o escritório, no início para mim era tudo uma brincadeira que depois foi ficando séria, tinha 11 anos, foi onde tudo começou. Fazia café, atendia telefone, até Office Girls e aos poucos fui observando o setor administrativo, gostei tanto que com 14 anos quando ingressei no colegial, optei por fazer colegial técnico em administração de empresas, o que foi muito importante pois vi na teoria o que já vivenciava na prática.
Ser empresário no Brasil requer ser flexível enxergar por novos ângulos, e assim foi com 17 anos ingressei na Faculdade no Curso de Processamento de Dados, pois nesta ocasião meu pai iniciava uma rede de escolas de informática com cursos para grandes corporações e cursos direcionados ao público em geral, foi minha grande oportunidade de aprender mais e mais este mundo novo que era a informática da década nos auges dos anos 90, tive a oportunidade de ministrar muitos cursos desde de MS-Dos, Word, Dbase, Lotus, depois vieram os softwares da família Microsoft o Windows, o Office, e tantos outros, era oportunidade de compartilhar conhecimento e aprender com os alunos que eram muitas vezes grandes executivos, diretores, gestores, gerentes, entre outros muitas histórias de vida, de superação.
Nesta ocasião além de ministrar as aulas, ao longo dos anos passei a fazer a Coordenação Administrativa das Unidades, bem como ser uma das responsáveis pelo treinamento dos Divulgadores, Coordenação dos Instrutores, além ainda de ministrar palestras que tinham um público, de 30, 40 as vezes mais de 100 pessoas por Palestra.
Nesta ocasião que foi de 1993 a 1999 empreendemos nas unidades estratégias comerciais, bem como administrativas. Mas o cenário mudou para as empresas de treinamento e em 1999, fechamos a última unidade que ainda estava em funcionamento localizada no bairro do Brooklin – São Paulo, já havia passado o auge da informática, e com a queda na receita, fomos obrigados a fechar.
Neste momento passamos por uma grande crise financeira pois em outro negócio da família tivemos um altíssimo prejuízo ocasionando problemas seríssimos, naquele momento não sabíamos o que iriamos fazer. Foi quando fui para os EUA passear, mas acabei ficando meses. Ao voltar meu pai havia voltado para área de Shows, pois foi empresário artístico por muitos anos. E neste momento tive oportunidade de atuar como Produtora Executiva de alguns eventos e shows. Foi uma experiência incrível, os cachês excelentes, mas não eram constantes.
Foi quando pela primeira vez precisei procurar emprego fora dos negócios da família, uma experiência que foi importante naquele momento pelo lado financeiro, mas não era suficiente.
Foi quando fui convidada por um grande amigo a atuar na área comercial com consultoria de empreendimentos imobiliários de médio e alto padrão, em 2003, logo consegui me estacar pois com minha formação na área de processamento de dados, fiz a tecnologia trabalhar a meu favor, e fui me destacando, ganhei troféus, campeonatos e prestígio no meio imobiliário.
Entretanto é importante frisar que sempre investi nos nossos negócios, e continuei a participar dos negócios tanto financeiramente e atuando nas áreas que me eram pertinentes. O que nos fez conseguir passar pelas várias crises do Brasil. Em 2008 tivemos um grande impacto nos negócios, mas conseguimos superar e fomos retomando os Projetos.
Em 2013 findou a minha atuação direta no mercado imobiliário, atuando depois somente com consultoria para os clientes que viraram amigos, pois voltei para área Administrativa fazendo a Direção da empresa de Projetos de Instalações Industriais. Onde pude implementar estratégias para maximizar os resultados desejados.
Sempre com sede de aprender, voltei aos bancos universitários, para encarar uma faculdade, o curso de Direito, que foi um grande presente em minha vida, pois além de todo o conhecimento adquirido ao longo dos 5 anos do curso, fiz muitos amigos, e no final do 10º semestre fui presenteada com a notícia que havia passado no Exame da OAB. Todo este aprendizado durante o curso foi sendo aplicado no meu dia a dia na empresa, e com isso pudemos melhorar ainda mais nossos resultados.
Antes desse “susto” mundial, como uma empresária e empregadora tem visto nossa atual economia interna?
A crise que teve início no final de 2014, gravíssima, demorou muito para dar sinais de melhora, entretanto no final de 2018 começamos a sentir um início de melhoras, em 2019 1º. Semestre aquém do que se esperava, em no 2º. Semestre as empresas começaram a ter boas perspectivas.
Já o ano de 2020 começou muito bem, muitas empresas começaram efetivamente no dia 02 de janeiro, antes do carnaval, e tudo levava a crer que este ano seria muito bom para as empresas, para economia, mas com a Crise do Covid 19, tudo mudou.
Em sua opinião e vivência profissional ao longo desses anos de crises e altas econômicas no Brasil, quais os possíveis impactos que a pandemia atual poderá trazer sobre a nossa economia no curto e médio prazo?
Os impactos são imensuráveis neste momento, pois ainda não temos todos os dados, e a cada dia, temos novas informações. Mas o que é possível dizer é que as perdas serão enormes e com certeza levaremos muitos anos para recuperar.
Você sempre se posiciona de maneira positiva frente aos desafios, o que pode dizer aos empreendedores brasileiros nesse momento tão delicado?
Um velho ditado: “Tudo passa, tanto as coisas boas, como os coisas ruins”.
Neste momento é importante ter racionalidade, cautela na tomada de decisões, não se apavorar, ter bom senso.
Em sua opinião, essa pandemia tem origem meramente biológica? Ou pode haver outras causas não explicitamente mencionadas pela mídia em geral? Quais seriam as possíveis origens desse problema que abalou a saúde e economia mundial?
Em minha opinião, temos que avaliar todas as possibilidades, sabemos que quem detém poder tem muitos interesses, que não são visíveis.
Como é a Tulla na vida pessoal? Hobbies, interesses, crenças:
Hoje tento ter uma vida mais equilibrada, pratico atividades físicas como musculação, aulas de zumba, body combat, yoga, gosto de correr, jogar tênis. Sempre que possível saio para dançar, tomar vinho com os amigos, ir ao cinema, namorar, etc.
Em relação aos cuidados em casa, trabalho (home office) e etc. Como você tem se adaptado com a família após o Coronavírus ter de fato se tornado real no Brasil?
O trabalho home office, não é uma novidade pois já o fiz em outras ocasiões por diversos motivos. Acho que o fundamental é ter foco no que vai fazer, organizar um local que será o seu escritório, estabelecer uma rotina. E a família todos neste momento também estão em home office, cada um com o seu espaço organizado.
Você já morou fora do país por um tempo. Conte-nos um pouco sobre essa experiência e o que mudou após retornar?
A experiência de morar fora do país me tornou uma pessoa melhor, em relação à família, trabalho, patriotismo. Os brasileiros de uma forma geral são pessoas alto astral, receptivos, normalmente querem ajudar o próximo, este calor humano é algo incrível, e dificilmente encontramos fora do Brasil. Senti muita falta dos amigos, da família. Por outro lado, tive a oportunidade de conhecer e viver uma nova cultura, idioma, e tantas outras coisas.
Você se considera engajada politicamente, fale um pouco sobre:
Acredito que no momento que o pais está vivendo as pessoas estão a cada dia mais engajadas politicamente, acho muito bom que esteja acontecendo, com a facilidade que temos da comunicação eletrônica, das redes sociais e internet, para quem quer aprimorar o conhecimento e se engajar, basta buscar.
Eu participei de várias manifestações a favor do Governo, a favor do Brasil, e acho muito importante participar e não ser isento neste momento tão turbulento que o pais está passando.
Que mensagem gostaria de deixar as pessoas nesse momento?
Acredite em seus sonhos, sonhe alto. Nascemos e morremos, entre estes dois, vivemos!
Então viva intensamente, pois viver vale a pena. Não tenha medo de dizer Eu te Amo, de Perdoar, de Dançar, de brincar, de errar, pois é sinal que se tentou!
Exercite sua fé, acredite e VIVA!!!
https://revistastatto.com.br/lifestyle/entrevista/entrevista-com-tulla-duarte/
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